Muito tenho visto e ouvido, nesses últimos dois dias sobre os acontecimentos nas principais cidades brasileiras. Tenho passado de reações de revolta, medo, raiva, aprovação numa velocidade impressionante. Ainda há pouco lia sobre a presidenta ameaçar acabar com a internet, pelo menos temporariamente.Impossível.
Alguns comentários nos blogs são suaves, outros mais radicais.Até mesmo alguns (pouquíssimos) pastores resolveram se manifestar. Claro, são brasileiros e afirmam que cuidam dos brasileiros.
Entretanto,o que mais me incomoda é que pessoas que poderiam fazer algo, usar a voz ou aquilo que tiver ao seu alcance, ficam com atitudes de "não é comigo", postando amenidades, no facebook, como se o Brasil não fosse um todo. Aqui, em Itapema, não temos protestos, mas estamos ligados. Apoiamos o direito do brasileiro de reinvindicação PACÍFICA.
Em alguns desses apartamentos "vivem" até 12 pessoas(entre adultos e crianças),por falta de planejamento da Prefeitura Municipal.
Eu não me escondo. Pelos 16 anos que morei em Ribeirão Preto, pelos meus filhos que ali foram criados, pelos meus netos que ali residem,eu quero e luto por melhorias, para Ribeirão Preto. Não posso estar presente "in loco", mas estarei "de coração", desejando que os objetivos sejam alcançados. O que se quer não é apenas redução de centavos, na passagem de ônibus. O povo quer uma Ribeirão com ruas bem asfaltadas,saneamento básico, postos de saúde com melhor atendimento , mais médicos e com mais respeito pelos pacientes, escolas onde as criança realmente irão para aprender, não apenas para terem um lugar onde ficarem e se alimentarem enquanto os pais trabalham.
Precisamos de transporte coletivo de qualidade? Claro que sim. Durante muitos anos usei todos os dias os ônibus para ir e vir do trabalho. Eu e mais "trocentas" pessoas sabemos o quanto Ribeirão Preto é mal servido.Mas também, precisamos de muito mais.
A Prefeitura retirou moradores de favelas da cidade e praticamente "despejou" em apartamento que chamam de "compactos" Que vergonha!.Além de serem construídos com material de péssima qualidade, até hoje não entendi qual o critério usado para essa recolocação. O que se vê é uma verdadeira bagunça. Enquanto famílias de 12 pessoas se amontoam em dois quartos pequenos, casas edificadas em 200 m2, ficam à mercê de vândalos e à ação do tempo.
É isso o que mais se vê nas Escolas de Ribeirão Preto.
Por outro lado fazem reuniões de socialização nos prédios, para ensinarem os moradores a conviverem, que não passam de bate-boca. Eu continuo dizendo: se não sabe trabalhar, deixa pra quem sabe e para quem quer.
Mesmo longe, luto por uma Ribeirão melhor. Vou parar por aqui, pois falo e escrevo demais. Volto em outra oportunidade.


Nenhum comentário:
Postar um comentário