sábado, 8 de setembro de 2012

REPORTAGENS SEM INFORMAÇÕES


Uma coisa que muito me incomoda é ler ou ouvir uma reportagem, que não contenha as informações principais. Ou seja: que? quando? como? quem? Quando se noticia um fato, (isso eu aprendi nos primeiros minutos da minha carreira como repórter), devemos informar, sempre o que aconteceu, quando aconteceu, como aconteceu e com quem. Posso até ter trocado a ordem, mas essas informações devem constar, sempre, em uma reportagem. (Estou errada, professora Ruth Rendeiro?).

Mas o que tenho notado nas reportagens atuais, é totalmente o inverso. Reportagens que não dizem nada, por que não possuem nenhuma informação. Seria melhor não publicar. O leitor, ou telespectador fica sem saber de nada, procurando a internet para saber dos detalhes principais.

Um carro bateu num poste na Maurílio Biagi. Os dois ocupantes foram encaminhados ao PS. Tá. Quem ocupava o veículo? Qual a marca do veículo? Cor? Eram dois homens, duas mulheres, ou um casal? Ninguém sabe, ninguém viu!. Outra: duas adolescentes ficam feridas em acidente com carro clonado. O único detalhe a mais é que as adolescentes conheceram  os ocupantes na noite anterior,no Facebook. E só!Ou tem alguma coisa errada no que ensinam nas faculdades , ou eu estou sendo exigente, demais.

Se algum dia eu tivesse entregue, ao meu editor, algo pelo menos parecido, no mínimo reescreveria o texto, até ficar no ponto.Fora o sermão que ouviria. Tenho mais é que agradecer aos meus mestres(Walmir Botelho, Donizete César,Carlos Queiroz, Inácio de Loiola, Boni , Ruth Rendeiro e tantos outros). O que aprendi, ficou. E me orgulho de ser jornalista.

Márcia Assunção

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

AS CASAS ESTÃO SENDO DESTRUÍDAS. E AGORA?



Notícias publicadas em veículos de comunicação de Ribeirão Preto dão conta que as 106 casas que ainda não foram entregues, no Conjunto residencial Paulo Gomes Romeo, continuam sendo roubadas e destruídas por vândalos da redondeza. Embora se saiba que existem 36 vigias na área, são insuficientes para deter a ação dos vândalos. Enquanto a Cohab e a prefeitura não se decidem como vão ocupar as 106 casas restantes, algumas pessoas que precisam de moradia, podem pagar e acima de tudo querem  morar no local, continuam na fila de espera, sem a menor chance. Eu mesma, faço parte de uma maioria que esta  em uma fila de espera para um apartamento que , sabe Deus se sairá, ou não. E ainda sou suplente. Posso pagar, trabalho registrada, mas a minha renda não é considerada suficiente pela Caixa Econômica para comprar uma casa  e não moro na favela, nem em área de risco, para ser contemplada pela Cohab. Quanto despautério! Algumas pessoas venderam as casas que receberam, outras abandonaram, para voltarem ás favelas e ninguém faz nada. É revoltante, a situação dessas casas, em Ribeirão Preto.

Abaixo, segue na íntegra a notícia publicada em um jornal da região.



RAFAEL CONTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
Dois adolescentes foram perseguidos por vigias do conjunto habitacional Paulo Gomes Romeo depois de eles terem tentado retirar fios de cobre de uma das casas do condomínio popular, na zona leste de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

A cena, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (24), se tornou rotina no local desde o primeiro furto, registrado há três meses.

Trinta e dois vigilantes trabalham espalhados pelo bairro desde a conclusão das obras. Sem equipamento de comunicação por rádio, eles ficam em constante estado de alerta para evitar novos danos às casas.

Segundo um dos vigilantes, que pediu para não ser identificado, é difícil detectar se quem está no conjunto é morador ou se entrou para praticar furtos.

Um aquecedor solar, fios, louças de banheiro e pequenos objetos recuperados estão armazenados em um dos imóveis, usado como depósito.



Márcia Ribeiro/Folhapress



Janela com vidros quebrados em casa popular ainda não entregue no conjunto Paulo Gomes Romeo, em Ribeirão
Janela com os vidros quebrados em casas ainda não entregues no conjunto Paulo Gomes Romeo

O vigilante José Roberto dos Santos, 46, diz que os aquecedores solares são mais visados pelo valor comercial, embora todo tipo de material seja alvo de furtos.



"Se não conseguem pegar fios de cobre, qualquer coisa é levada, desde portas de sótão até maçanetas e interruptores", afirma.

O alvo dos bandidos são as 106 casas desocupadas --com sala, cozinha, banheiro e dois ou três quartos-- que serão destinadas aos moradores da favela da região do aeroporto Leite Lopes.

OUTRO LADO

A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) informou que as obras das últimas 106 casas foram concluídas no final de junho, mas que a prefeitura só divulgou a lista de famílias que serão beneficiadas no "Diário Oficial" de 10 de agosto.

Já a Prefeitura de Ribeirão informou, por meio da assessoria, que, até hoje, não recebeu as casas oficialmente da CDHU. Disse ainda que a triagem das famílias foi concluída e, por isso, publicada no "Diário Oficial".

A CDHU divulgou também que a reforma das unidades danificadas deve começar na próxima segunda-feira e que as pessoas podem receber as casas até o final de outubro.

Não há impedimento para a entrega dos imóveis no período de eleições, segundo a CDHU, porque se trata de um projeto que já estava em andamento.

Ao todo, o empreendimento tem 692 casas, das quais 586 já foram entreguesRAFAEL CONTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO



E agora, como ficamos?

Màrcia Assunção

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS DE RIBEIRÃO PRETO

Todo mundo está cansado de saber que , em Ribeirão Preto, a violência se instala nas Escolas. Eu sei muito bem o que é isso, pois convivo ,diariamente, com mais de 300 crianças e adolescentes.É difícil  se fazer um diagnóstico do que realmente acontece com esses estudantes. Não respeitam professores, não querem saber de estudar, não possuem senso de limites, em suma: acreditam que o mundo é somente deles e que eles podem  fazer o que quiserem.

É comum vermos professores agredidos por alunos, em salas de aula. Podem não chegar à agressão física, na maioria das vezes, mas as agressões verbais são piores, na minha concepção. São palavrões, afrontamentos, discussões, descaso e gestos obscenos. Prá que pior? Eles podem tudo! E quem está do outro lado, não pode nada. O professor, o inspetor, o mediador, ou quem quer que represente a escola, tem que aceitar todas as afrontas, e repreender o aluno com palavras gentis. Colocar a mão num aluno? Nem pensar! pode acabar na cadeia. Mas e se um aluno agride um professor? A culpa é do educador que não conseguiu conter o aluno ou se fazer entender e fazer o aluno gostar da escola, como recentemente me falou um dirigente escolar. Ora, faça-me o favor. O aluno, principalmente aqueles oriundos da periferia ´, já trazem , de casa e da rua, uma gama de problemas, vícios e informações deturpadas. Tudo é parte de um processo do qual a escola faz parte e não é a principal.

Se a família  não impõe regras,nem limites, principalmente porque não os tem, como tê-los nas Escolas? Educação, parte da família. Conhecimento e preparo, adquire nas Escolas, quem quiser.

Nos dias de hoje, o aluno tem à sua disposição, livros, apostilas, material escolar, merenda e bons professores. Mas não aproveitam. Rasgam os livros, destroem o material, reclamam da alimentação e afrontam os professores. Quando não existiam tantas facilidades, o aluno cuidava, muito bem, do seu material escolar, respeitava os professores e, acima de tudo estudava para passar de ano. Hoje em dia conta com a progressão continuada. E aí? Não sou professora, mas sei que o aluno sai prejudicado, pois não aprende nada.

Há algum tempo  atrás, o estudante tinha, no currículo escolar, matérias como: educação Moral e Cívica(aprendia a conhecer,amar e respeitar a Pátria e seus símbolos maiores), Religião, Artes Práticas. matérias que lhe agregavam valores. Peça para um estudante do primário cantar o Hino Nacional e ele rirá da sua proposta. Pergunte-lhe quais as "armas" do nosso país e com certeza ele lhe fornecerá uma lista imensa que começará com um revólver e terminará com um fuzil. Seria cômico, se não fosse tão trágico.

A Escola pode mudar o estudante,sim. Mas para isso precisará da intensa colaboração dos pais,do governo e da sociedade, em geral, trabalhando em conjunto. Só assim teremos crianças e adolescentes saudáveis,preparados para construir um futuro brilhante.

Márcia Assunção

domingo, 12 de agosto de 2012

QUEM NOS LIVRARÁ DA VIOLÊNCIA DOS BANDIDOS?

Ainda há pouco, lia nos jornais do dia que um bandido foi morto com sete tiros, durante um assalto à residência dos pais de um policial do Grupo Águia.Em uma das legendas  a palavra violência foi destacada,na frase. Não sei se uma critica à atitude dos bandidos, ou se contra o policial que defendeu sua casa e sua mãe,da ação de bandidos.
Com certeza quem morreu tinha familiares,principalmente uma mãe, que deve estar sofrendo. E o policial? será que ele deveria ter esperado, e pedido por favor aos três bandidos que não machucassem a sua mãe, que poupassem a vida dos dois? Com certeza ele teria sido atendido, principalmente se soubessem que é policial.
Quanta asneira. O que se ouve, e vai ouvir, durante a semana, são críticas com relação à  certíssima atitude do policial que, por sinal foi treinado para defender a população da ação dos bandidos. A crítica virá, principalmente dos membros dos "Direitos Humanos", que não aceita bandido em cadeia ou morto por policial.. Sinceramente, como cidadã  aplaudo, a atitude do policial. Cumpriu seu dever de defensor da sociedade e, principalmente de filho. Com certeza, se ele não assim tivesse feito, o desfecho da situação seria outro. Ou será que alguém acredita que os bandidos estavam bem intencionados?
A Lei, deve ser rígida, para todo e qualquer tipo de crime. Bandido é bandido, não importa a cor, raça, credo ou status. E matará, quantas vezes ele quiser, ou mesmo por reação. Por outro lado, o que se deve fazer é valorizar o policial, respaldá-lo , ainda mais em suas ações, e proporcionar novos e melhores incentivos, para que eles saiam às ruas e defendam a sua comunidade,seu bairro, sua cidade. Afinal, são eles que arriscam suas vidas. Quanto aos  defensores dos "Direitos Humanos", isso é assunto para outra ocasião.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

LEMBRANÇAS DA POLÍTICA CASTANHALENSE

Hoje , lendo algumas notícias sobre a política castanhalense, lembrei-me de uma pessoa  profundamente conhecedora da política castanhalense: o Major Ilson Santos(de saudosa memória).Quando o conheci,apresentada que fui pelo escritor Carlos Araújo,de imediato fui conquistada pelo seu carisma,inteligência, sagacidade e profundo conhecimento do caráter  dos políticos que gravitavam em seu derredor.Ele realmente sabia o que acontecia na política castanhalense e vislumbrava o porvir. Vidência? Não. Apenas análise dos fatos ,profundo conhecimento do caráter e das atitudes.
Não foi à toa que lhe chamavam de o "cacique" da política de Castanhal. Sua casa vivia cheia de amigos e não tão amigos assim. Nas inúmeras vezes que passei horas a fio, aprendendo sobre a política do Pará,principalmente de Castanhal,deliciei-me com histórias, fatos hilariantes, deprimentes  e etc.Sempre que precisava de uma informação ou mesmo análise de uma situação que não conseguia desvendar, buscava o major Ilson, que mesmo com sua saúde debilitada, não  deixava de me atender, aconselhar e elucidar muitos casos, tramóias e alianças. Ele hoje faz muita falta.
Dono de uma personalidade muito forte, combativa  e inteligência e sagacidade ímpar, Major Ilson mesmo internado no hospital, com o pouco fôlego de vida que lhe restava, ainda me fazia recomendações. Hoje, quando vejo alguns tipos de políticos, usados somente para fazer número, ou mesmo como estratégia, recordo-me dos "inocentes úteis", que ele tanto falava.
Hoje, muitos quilômetros distante de Castanhal, sei muito pouco do que está acontecendo, em termos de política. Mas, entretanto,baseada nas poucas notícias que me chegam através da internet, vejo que pouquíssimas mudanças aconteceram no cenário político.Mas vou me informar melhor. Principalmente  porque o cenário que ora se descortina, não é dos mais brilhantes.
Av. Major Wilson Santos.