Todo mundo está cansado de saber que , em Ribeirão Preto, a violência se instala nas Escolas. Eu sei muito bem o que é isso, pois convivo ,diariamente, com mais de 300 crianças e adolescentes.É difícil se fazer um diagnóstico do que realmente acontece com esses estudantes. Não respeitam professores, não querem saber de estudar, não possuem senso de limites, em suma: acreditam que o mundo é somente deles e que eles podem fazer o que quiserem.
É comum vermos professores agredidos por alunos, em salas de aula. Podem não chegar à agressão física, na maioria das vezes, mas as agressões verbais são piores, na minha concepção. São palavrões, afrontamentos, discussões, descaso e gestos obscenos. Prá que pior? Eles podem tudo! E quem está do outro lado, não pode nada. O professor, o inspetor, o mediador, ou quem quer que represente a escola, tem que aceitar todas as afrontas, e repreender o aluno com palavras gentis. Colocar a mão num aluno? Nem pensar! pode acabar na cadeia. Mas e se um aluno agride um professor? A culpa é do educador que não conseguiu conter o aluno ou se fazer entender e fazer o aluno gostar da escola, como recentemente me falou um dirigente escolar. Ora, faça-me o favor. O aluno, principalmente aqueles oriundos da periferia ´, já trazem , de casa e da rua, uma gama de problemas, vícios e informações deturpadas. Tudo é parte de um processo do qual a escola faz parte e não é a principal.
Se a família não impõe regras,nem limites, principalmente porque não os tem, como tê-los nas Escolas? Educação, parte da família. Conhecimento e preparo, adquire nas Escolas, quem quiser.
Nos dias de hoje, o aluno tem à sua disposição, livros, apostilas, material escolar, merenda e bons professores. Mas não aproveitam. Rasgam os livros, destroem o material, reclamam da alimentação e afrontam os professores. Quando não existiam tantas facilidades, o aluno cuidava, muito bem, do seu material escolar, respeitava os professores e, acima de tudo estudava para passar de ano. Hoje em dia conta com a progressão continuada. E aí? Não sou professora, mas sei que o aluno sai prejudicado, pois não aprende nada.
Há algum tempo atrás, o estudante tinha, no currículo escolar, matérias como: educação Moral e Cívica(aprendia a conhecer,amar e respeitar a Pátria e seus símbolos maiores), Religião, Artes Práticas. matérias que lhe agregavam valores. Peça para um estudante do primário cantar o Hino Nacional e ele rirá da sua proposta. Pergunte-lhe quais as "armas" do nosso país e com certeza ele lhe fornecerá uma lista imensa que começará com um revólver e terminará com um fuzil. Seria cômico, se não fosse tão trágico.
A Escola pode mudar o estudante,sim. Mas para isso precisará da intensa colaboração dos pais,do governo e da sociedade, em geral, trabalhando em conjunto. Só assim teremos crianças e adolescentes saudáveis,preparados para construir um futuro brilhante.
Márcia Assunção

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