sábado, 10 de maio de 2014

PARABÉNS AOS MEUS FILHOS!

     Conheci esse poema, em 1980, em um dos muitos desertos que atravessei, em minha vida. Estava me sentindo péssima. Havia perdido meu primeiro filho, de uma maneira inexplicável e achava que nunca mais seria mãe, que nunca mais seria feliz. Mas ali estava a minha MAE, ao meu lado! Ela, na sua sabedoria  me apoiou(muito) e me disse que tudo iria passar! E realmente, a dor passou!
Continue vivendo, seguindo em frente e, contrariando todas as expectativas, Deus me presenteou com dos filhos, lindos e maravilhosos, que me fizeram a mulher mais feliz desta terra

      Sabem porque parabenizo meus filhos? porque  através deles e com eles, consegui ser feliz , novamente. Por eles e com eles  lutei, batalhei, engoli sapos, cobras e lagartos, mas consegui. Ou melhor, nós conseguimos. Porque sempre fomos um cordão de três dobras, um dando forças para os outro. Nosso relacionamento nem sempre foi fácil, mas eu esqueço, tudo, mas tudo mesmo,  quando  ouço um "veia, tudo beleza"? no meio do dia, após um longo silêncio, como agora. Ou então leio algo assim: "mãeeeeeeeeeeeeee,  você já vem? É! essa é ela.
    
 Brigas? quase sempre. Divergências de opiniões? direto. Mas, me permitem crescer. Hoje, eles me ensinam muito, principalmente como controlar um celular, um notebook e um carro. Mas, com certeza, praticam tudo o que aprenderam de mim, e isso me dá a certeza de que cumpri minha missão. Sou Mãe! Valeu GIORDANO NÂRADA E ARIADNE LAKSHIMI !













Giuseppe Ghiaroni
Dia das Mães

Mãe! eu volto a te ver na antiga sala
onde uma noite te deixei sem fala
dizendo adeus como quem vai morrer.
E me viste sumir pela neblina, porque
 a sina das mães é esta sina:
amar, cuidar, criar, depois... perder.

Perder o filho é como achar a morte.
Perder o filho quando, grande e forte,
já podia ampará-la e compensá-la.
Mas nesse instante uma mulher bonita,
sorrindo, o rouba, e  a  velha mãe aflita
ainda se volta para abençoá-la 

Assim parti, e nos abençoaste.
Fui esquecer o bem que me ensinaste,
fui para o mundo me deseducar.
E tu ficaste num silêncio frio,
olhando o leito que eu deixei vazio, 
cantando uma cantiga de ninar.

Hoje volto coberto de poeira
e tem encontro quietinha na cadeira,
a cabeça pendida sobre o peito.
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo.
Quero acordar-te, mas não sei se devo,
não sinto que me caiba este direito.

O direito de dar-te este desgosto,
de te mostrar nas rugas do meu rosto
toda a miséria que me aconteceu.
E quando vires e expressão horrível
da minha máscara irreconhecível,
minha voz rouca murmurar: ''Sou eu!"

Eu bebi na taberna dos cretinos,
eu brandi o punhal dos assassinos,
eu andei pelo braço dos canalhas.
Eu fui jogral em todas as comédias,
eu fui vilão em todas as tragédias,
eu fui covarde em todas as batalhas. Eu te esqueci: as mães são esquecidas.

Vivi a vida, vivi muitas vidas,
e só agora, quando chego ao fim,
traído pela última esperança,
e só agora quando a dor me alcança
lembro quem nunca se esqueceu de mim.

Não! Eu devo voltar, ser esquecido.
Mas que foi? De repente ouço um ruído;
a cadeira rangeu; é tarde agora!
Minha mãe se levanta abrindo os braços
e, me envolvendo num milhão de abraços,
rendendo graças, diz:"Meu filho!", e chora.

 E chora e treme como fala e ri,
e parece que Deus entrou aqui,
em vez de o último dos condenados.
E o seu pranto rolando em minha face
quase é como se o Céu me perdoasse,
me limpasse de todos os pecados.  Mãe!

 Nos teus braços eu me transfiguro.
Lembro que fui criança, que fui puro.
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta
que eu compreendo o que significa:
o filho é pobre, mas a mãe é rica!

O filho é homem, mas a mãe é santa!
Santa que eu fiz envelhecer sofrendo,
mas que me beija como agradecendo
toda a dor que por mim lhe foi causada.

Dos mundos onde andei nada te trouxe,
mas tu me olhas num olhar tão doce
que , nada tendo, não te falta nada.
Dia das Mães! É o dia da bondade
maior que todo o mal da humanidade
purificada num amor fecundo.

Por mais que o homem seja um mesquinho,
enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho
cantará a esperança para o mundo!
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FELIZ DIA DAS MÃES! 


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