Notícias publicadas em veículos de comunicação de Ribeirão Preto dão conta que as 106 casas que ainda não foram entregues, no Conjunto residencial Paulo Gomes Romeo, continuam sendo roubadas e destruídas por vândalos da redondeza. Embora se saiba que existem 36 vigias na área, são insuficientes para deter a ação dos vândalos. Enquanto a Cohab e a prefeitura não se decidem como vão ocupar as 106 casas restantes, algumas pessoas que precisam de moradia, podem pagar e acima de tudo querem morar no local, continuam na fila de espera, sem a menor chance. Eu mesma, faço parte de uma maioria que esta em uma fila de espera para um apartamento que , sabe Deus se sairá, ou não. E ainda sou suplente. Posso pagar, trabalho registrada, mas a minha renda não é considerada suficiente pela Caixa Econômica para comprar uma casa e não moro na favela, nem em área de risco, para ser contemplada pela Cohab. Quanto despautério! Algumas pessoas venderam as casas que receberam, outras abandonaram, para voltarem ás favelas e ninguém faz nada. É revoltante, a situação dessas casas, em Ribeirão Preto.
Abaixo, segue na íntegra a notícia publicada em um jornal da região.
RAFAEL CONTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
Dois adolescentes foram perseguidos por vigias do conjunto habitacional Paulo Gomes Romeo depois de eles terem tentado retirar fios de cobre de uma das casas do condomínio popular, na zona leste de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
A cena, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (24), se tornou rotina no local desde o primeiro furto, registrado há três meses.
Trinta e dois vigilantes trabalham espalhados pelo bairro desde a conclusão das obras. Sem equipamento de comunicação por rádio, eles ficam em constante estado de alerta para evitar novos danos às casas.
Segundo um dos vigilantes, que pediu para não ser identificado, é difícil detectar se quem está no conjunto é morador ou se entrou para praticar furtos.
Um aquecedor solar, fios, louças de banheiro e pequenos objetos recuperados estão armazenados em um dos imóveis, usado como depósito.
| Márcia Ribeiro/Folhapress | |
|
|
|
Janela com os vidros quebrados em casas ainda não entregues no conjunto Paulo Gomes Romeo
O vigilante José Roberto dos Santos, 46, diz que os aquecedores solares são mais visados pelo valor comercial, embora todo tipo de material seja alvo de furtos.
"Se não conseguem pegar fios de cobre, qualquer coisa é levada, desde portas de sótão até maçanetas e interruptores", afirma.
O alvo dos bandidos são as 106 casas desocupadas --com sala, cozinha, banheiro e dois ou três quartos-- que serão destinadas aos moradores da favela da região do aeroporto Leite Lopes.
OUTRO LADO
A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) informou que as obras das últimas 106 casas foram concluídas no final de junho, mas que a prefeitura só divulgou a lista de famílias que serão beneficiadas no "Diário Oficial" de 10 de agosto.
Já a Prefeitura de Ribeirão informou, por meio da assessoria, que, até hoje, não recebeu as casas oficialmente da CDHU. Disse ainda que a triagem das famílias foi concluída e, por isso, publicada no "Diário Oficial".
A CDHU divulgou também que a reforma das unidades danificadas deve começar na próxima segunda-feira e que as pessoas podem receber as casas até o final de outubro.
Não há impedimento para a entrega dos imóveis no período de eleições, segundo a CDHU, porque se trata de um projeto que já estava em andamento.
Ao todo, o empreendimento tem 692 casas, das quais 586 já foram entreguesRAFAEL CONTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
E agora, como ficamos?
Màrcia Assunção